sábado, 27 de junho de 2009

Terreiro do Bogum ou Zoogodô Bogum Malê Rundó


Está localizado na Ladeira do Bogum, antiga Manoel do Bonfim, no Bairro do Engenho Velho da Federação, em Salvador, Bahia, Brasil.

O Terreiro de Bogum, de Nação
Jeje, Candomblé de tradição Jeje Mahin, tem muitas diferenças em relação aos outros terreiros de Salvador. A principal diferença é a língua falada nos rituais.

Como explica Jaime Sodré (ogã da casa há 35 anos), no culto dos Voduns do Daoméa a língua falada pelos jeje é o éwé, do povo fon, com tradição ligada ao Benin.

A maioria dos candomblés baianos é de tradição nagô e utiliza como língua o iorubá. Além da língua, alguns rituais dos jeje são diferentes. No Terreiro do Bogum não existem Orixás, lá se cultuam os Voduns e recebem outras denominações. Tem semelhanças com o Vodou haitiano.

Segundo historiadores, foi no local onde está o Bogum que Joaquim Jêje, herói do movimento de insurreição de escravos malês, deixou o bogum (baú) onde estavam os donativos que permitiram a famosa Revolta dos Malês ocorrida em Salvador em janeiro de 1835.
Esses escravos sabiam ler e escrever em
árabe, tinham grande poder de organização e articulação e pretendiam fundar um "reino africano" em terras brasileiras, mas foram traídos e a "revolução foi descoberta.

O termo "bogum" também pode ser explicado pelo dialeto Gun
(dialeto do fon com muitos elementos do yoruba), falado na região de Porto Novo, no Benin, significando "lugar (ibo) dos fon (gun)".
A missa em homenagem a
São Bartolomeu é feita anualmente há 200 anos, tendo-se tornado uma tradição do Terreiro do Bogum, segundo informações da Fundação Cultural Palmares.
As festas anuais começam no dia 1º de janeiro e termina em meados de abril.

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